terça-feira, 6 de dezembro de 2011

DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA AMENIZA CRISES DE ARTRITE

DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA AMENIZA CRISES DE ARTRITE Dieta anti-inflamatória ameniza crises de artrite Alimentos de origem animal contêm muita gordura saturada e isso é bastante prejudicial para quem sofre de artrite. Esses e outros alimentos devem ser trocados por uma dieta anti-inflamatória. Você conhece essa dieta? Artrite reumatóide (AR) é uma doença crônica de causa desconhecida, que tem como característica principal a inflamação articular persistente. Em alguns casos, outros órgãos também podem ficar comprometidos. Quando o paciente é diagnosticado com a doença, além de medicamentos adequados, exercícios físicos obrigatórios e acompanhamento médico apropriado, ele precisa se preocupar também com sua dieta. Uma alimentação saudável no combate às dores crônicas é uma excelente alternativa. “É possível diminuir o número de crises e o retorno da atividade da doença e seus sintomas seguindo uma dieta apropriada, a dieta anti-inflamatória. Para isto, é preciso fazer uma escolha inteligente de alimentos ricos em antioxidantes, em fibras e em gorduras saudáveis, visando ajudar na redução das dores da artrite reumatóide”, diz o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Como as restrições provocadas pela doença já são muitas, o especialista alerta que é preciso orientar muito bem o paciente para que ele não pense que todos os prazeres da mesa estarão proibidos. Com informação apropriada e opções alimentares, fica mais fácil seguir uma dieta correta. Como fazer uma dieta anti-inflamatória? Carne vermelha, carne de porco, aves, ovos e manteiga. Estes alimentos de origem animal contêm muita gordura saturada, o que é prejudicial para o paciente artrítico, pois aumentam a inflamação das juntas. O que comer ao invés destes alimentos? “A gordura saturada está na gema do ovo, assim, faça um omelete só de claras. Se o paciente é fã de leite, opte pelo desnatado. Se não abre mão de carne, prefira os cortes mais magros, tais como bifes do lombo, peito de frango e costeletas de lombo de porco. A proteína ideal para consumo diário é a que vem do salmão e da cavala, alimentos ricos em ácidos graxos, ômega-3”, orienta o diretor do Iredo. É preciso dar prioridade a alimentos que tenham fontes de gordura vegetal, ao invés de animal. A gordura não deve ser abolida da dieta, mas o consumo apropriado abrange mais gorduras polinsaturadas e monoinsaturadas, tais como as que encontramos no azeite de oliva, nas nozes e no abacate. Nada de salgadinhos industrializados e margarina. A maioria desses produtos contém ácidos graxos trans ou gordura trans. “É preciso ler com cuidado o rótulo dos alimentos, antes de comprá-los, para evitar o consumo excessivo de gordura trans. Muitos pacientes podem, facilmente, exceder a quantidade máxima diária recomendada de gorduras trans, ingerindo apenas três torradas bem crocantes”, alerta Sérgio Lanzotti. Bolos, biscoitos, pães brancos, batatas e arroz branco são alimentos que possuem alto índice glicêmico, ou seja, eles rapidamente se transformam em açúcar, fazendo subir os níveis de insulina, que podem causar inflamação nas juntas. "O açúcar agrava o processo inflamatório. Se você deseja comer algo açucarado, junte uma proteína, para retardar a transformação dos alimentos em glicose", conclui ele.